Após o terremoto em janeiro de 2010 o Brasil se tornou o principal destino dos migrantes haitianos, alimentado por um boom econômico e pela necessidade de mão-de-obra como sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2014 e da Copa do Mundo de 2014.
Com a economia brasileira passando por uma recessão após a Copa do Mundo e as Olimpíadas, resultando em um forte aumento do racismo, sua atratividade como país de destino diminuiu para os migrantes haitianos. Apesar dessa nova realidade, o Brasil continua sendo um ponto focal para o (re)assentamento e circulação na região, como um importante ponto de trânsito para outros países considerados mais economicamente vantajosos, incluindo: Chile, Guiana Francesa, Equador, Colômbia, Argentina e México.
Nossa pesquisa neste corredor foca sobre como as desigualdades de oportunidades, acesso a recursos e políticas e programas mediam a tomada de decisões dos migrantes e como elas afetam os caminhos de desenvolvimento e migração. Também examinamos o impacto dos intermediários de migração nas desigualdades associadas à migração e como elas influenciam os contextos em que operam.